terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Um fato da vida

Certa vez, bem disse um sábio amigo:

O antes é muito bom, o durante é muito rápido e o depois com a pessoa errada é uma merda.

Over and over again

Acabando de chegar a conclusão que mais uma ou menos uma rejeição não vão me matar. Já estou me acostumando com isso. Agora foi a rejeição de um meio amigo com quem fiquei na semana passada. Não quero nada com ele, mas é chato quando vc fica no vazio.


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Resumo dos últimos seis meses...


Há seis meses, após sair do melhor estágio da minha vida, entrei numa consecutiva mediocridade profissional e sentimental. Primeiro, comecei a trabalhar num sub-emprego que diariamente me matava aos poucos e me fazia sentir como se todo o tempo que gastei estudando de nada valesse.

Saí de lá quando surgiu a primeira oportunidade de trabalhar num lugar onde poderia exercer minha profissão. Mas nessa nova empresa, logo descobri que a realidade seria diferente. Em vez de ser assessora de comunicação, cargo para o qual fui inicialmente contratada, fui rebaixada à secretária pessoal; e a extrema ordem era: resolver assuntos particulares do chefe na hora e vez que ele mandasse. “Dê prioridade para as minhas coisas, depois você resolve o resto”, dizia ele.

A lista de pedidos era grande e envolvia coisas desde marcar consultas com médicos, comprar remédios, servir café a ele e seus clientes e até bancar a office-girl, indo de ônibus buscar cheques em empresas para descontá-los em bancos. Como se não bastasse, dia após dia, tinha que viver a tensão de lidar com um homem controlador, picareta, podre, desonesto, caloteiro, indigno, afobado e descompensado emocionalmente que ligava de cinco em cinco minutos para dar ordens e saber o que eu e demais colegas de trabalho estávamos fazendo. Cada passo era monitorado por esse pseudo administrador que quer manter seu negócio às custas da tentativa de esconder as bases podres sobre as quais ele tenta se firmar.

Me sentia sufocada, presa dentro de um triângulo (por ser a forma geométrica com menos lados), e invariavelmente ficava tensa com a simples presença do meu chefe. A carga negativa no trabalho era muito alta e tinha a impressão que a qualquer momento aquele homem poderia surtar e xingar todos a sua volta. Se em todos os meus antigos trabalhos eu poderia ganhar facilmente o miss simpatia caso fizessem esse concurso; nesse, eu ganharia o miss antipatia e o miss nervosismo.

Me submeter a essa situação também me fazia sentir medíocre, mas meu salário estava comprando algumas satisfações que amenizavam essa sensação ruim. Mas, de qualquer forma, eu queria sair, me sentir livre, exatamente como na música I Want Out, do Helloween; e pensava: “isso vai durar até eu achar algo melhor”.

As pouquíssimas alegrias que tinha quando conseguia de fato realizar meu trabalho não impediram que meu ânimo caísse gradativamente à medida que o tempo passava.

Até que semana passada, fui despedida sob a alegação de não dar resultados em meu emprego. Convenhamos: uma tarefa extremamente difícil, uma vez que as obrigações oficiais sempre tiveram que ser colocadas em segundo, terceiro, quarto ou último plano.

Num primeiro momento, fiquei mal. Foi tudo de repente e eu não estava esperando. Mas depois comecei a sentir que estava recuperando o meu ânimo diante da vida e voltando a ser eu mesma.

Sinceramente, espero que as coisas melhorem a partir de agora.


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Assim que isso aconteceu, foi impossível não me dar conta também que há exatamente seis meses, outro lado da minha vida, o sentimental, também entrava numa fase decadente e fonte de consideráveis e profundas desilusões. Foi no começo dessa época que fiquei pela primeira e última vez com o cara que me deu o melhor beijo da minha vida e me deixou apaixonada por ele. Porém, ele não quis saber de nenhum envolvimento comigo.

Durante todos os meses seguintes, revivi minhas lembranças e vivi os ecos de uma paixão não correspondida, e passei por uma sequência consecutiva de más experiências com ficantes.

Novamente, espero que as coisas melhorem a partir de agora.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sabe quando você cansa das coisas?

Sabe quando você cansa das coisas?
Cansa de se apaixonar, de desapaixonar
Cansa de se iludir, cansa de se desiludir
Cansa de gostar, cansa de detestar

Cansa do fácil, do difícil,
De esperar, de não ter o que esperar,
Cansa do marasmo, da agitação,
Cansa da lentidão e do excesso de velocidade também.

Cansa daquilo que poderia ser, mas nunca é
Cansa de correr atrás, mas poucas vezes alcançar
Cansa de viver no mundo das idéias, torcendo para que ele um dia se torne realidade
Cansa de ouvir que tudo tem sua hora, mas cansa ainda mais de ver que quando ela parece chegar, algo sempre acaba com sua graça

Será que a culpa é sua ou a culpa é dos outros?
Ah, pouco importa… Você também já se cansou de tentar achar a resposta
Por resto, chega uma hora que você cansa até de cansar

Uma constatação sobre gente feia, burra, comum e ignorante

Lidar com gente feia, burra, comum e ignorante cansa. Isso é um fato. Principalmente, se todas essas características estiverem juntas em uma só pessoa. Meus deus, assim não há quem agüente! Pessoas assim nada acrescentam, nos fazem perder tempo e dão sono. Nada mais justo do que ataques de narcolepsia para nos tirar de situações assim. Eu sou a favor e sou adepta a eles.

Definitivamente, isso não é uma questão de maldade. É uma questão de preservar o próprio bem-estar e, sobretudo, de dar ouvidos ao sábio conselho de Lord Henry Wotton: “Não malbarate o ouro de seus dias, escutando os maçadores, tentando remediar o irremediável, desperdiçando sua vida com o ignorante, o comum e o vulgar…”.

É engraçado como as pessoas têm até mais paciência com gente burra, contanto que seja bonita. A beleza inspira sentimentos complacentes, harmônicos e não cansa quem a vê.

Então, se você é feio, meu amigo ou minha amiga, saiba que sua obrigação é ser gente boa e/ou inteligente. Só assim, alguém que não for tão horrendo quanto você terá paciência para te explicar as coisas e não dormirá enquanto você tiver contando algum caso.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Poema do livro ‘Capital da Dor’

Cada linha dessas me faz lembrar de apenas uma pessoa... O homem que mais cito aqui neste blog:


Poema do livro ‘Capital da Dor’ (1926)
Paul Eluard

Sua voz, seus olhos,
Suas mãos, seus lábios.
Nosso silêncio, nossas palavras.
A luz que vai embora, a luz que volta.
Um único sorriso entre nós.
Por necessidade de saber, 
Vi a noite criar o dia,
Sem que mudássemos de aparência.
Oh, bem-amado de todos,
E bem-amado de um só!
Em silêncio, sua boca prometeu ser feliz.
Cada vez mais longe, diz o ódio.
Cada vez mais perto, diz o amor.
Uma carícia leva-nos da nossa infância
Cada vez que vejo a forma humana
Como um diálogo de amantes.
O coração tem uma única boca.
Tudo por acaso.
Todas as palavras ditas inesperadamente.
Os sentimentos à deriva.
Os homens vagueiam pela cidade.
Um olhar, uma palavra
Porque eu te amo
Tudo está em movimento
Basta avançar, para viver,
Seguir adiante em direção aqueles que você ama.
Fui em sua direção, sem parar na direção da luz
Se você sorrir, é para melhor me envolver
Os raios dos seus braços entreabriram a nevoa.

Citado no filme 'Alphaville'